O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), classificou como "absurdamente ridículo" impugnação da pré-candidatura de João Doria, apresentador apoiado por ele que vai disputar com o vereador Andrea Matarazzo o segundo turno nas prévias que escolherão o nome do PSDB para a Prefeitura de São Paulo.
O pedido foi feito pelo ex-governador Alberto Goldman e por José Aníbal, alegando que Doria cometeu abuso de poder econômico, propaganda irregular, transporte de eleitores no dia da votação e infrações da lei da Cidade Limpa.
"Numa eleição em que participam milhares de pessoas, é absurdamente ridículo", disse ele após participar de um evento em Campinas, no interior do Estado, em homenagem ao ex-prefeito da cidade Magalhães Teixeira.
Durante o processo, houve brigas entre pessoas que participavam das escolhas, denúncias contra um dos candidatos, confusões e atrasos na apuração dos votos, que só foi divulgado à 1h40.
Sobre isso, o governador afirmou: É que a gente não é acostumado com isso [prévias]. Nós somos acostumados com partido-cartório, com partido de livro de ata, que decide em restaurante, com mesa de vinho importado. Prévias é assim mesmo.
O governador voltou a defender as prévias e disse que o partido deve ir além, realizando primárias, que é um passo antes das prévias. Nela, seriam eleitos possíveis candidatos às prévias, da onde sai o candidato principal.
"Eu acho que nós devemos ir para a primária, como é nos EUA. Só nos EUA você teria um estadista como o Barack Obama, negro, de nome Hussein, nascido no Havaí", disse Alckmin.
"Se fosse um establishment, ele [Barack Obama] nunca teria oportunidade. A primária, a prévia, ela abre o debate, ela permite novas lideranças, novos quadros, o partido escolhe, né, e isso que é importante", completou.
O tucano cumprimentou os candidatos, inclusive o deputado federal Ricardo Tripoli, que obteve a terceira colocação e ficou de fora das prévias decisivas, que ocorrerão no próximo mês.