O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, foi o mais votado na eleição para definir a lista de três candidatos a comandar a Procuradoria-Geral da República a ser apresentada à presidente Dilma Rousseff. Ele teve 799 votos.
Em segundo lugar ficou o subprocurador Mário Bonsaglia, com 462 votos, seguido pelos subprocuradores Raquel Dodge (402 votos) e Carlos Frederico (212). No total, 1.240 procuradores da ativa e aposentados estão habilitados a participar do pleito.
Depois da eleição, a presidente deverá indicar um dos nomes da lista tríplice. É provável que a escolha recaia sobre o mais votado. Desde o governo Lula, os presidentes têm respeitado a eleição interna dos procuradores e indicado o candidato mais votado. No entanto, um grupo de senadores suspeito de envolvimento com fraudes está se movimentando para barrar uma eventual recondução de Rodrigo Janot, caso ele seja mesmo indicado a permanecer no cargo.
O procurador indicado pelo presidente é inicialmente sabatinado pelos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Depois, a indicação é votada na própria CCJ e no plenário do Senado. As duas votações são secretas.A eleição é considerada importante porque pode definir os rumos da Operação Lava-Jato.
Cabe ao procurador-geral decidir se pede ou não abertura de processo contra deputados e senadores acusados de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras.Os quatro candidatos já fizeram declarações sobre a necessidade de reforçar o combate ao desvios de dinheiro público. Nenhum deles falou sobre o que fariam com os parlamentares acusados de receber dinheiro desviado dos cofres públicos.