O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado para o hospital DF Star, em Brasília, na tarde desta terça-feira (16), após sentir mal-estar, crise de pressão, vômitos e soluços. Ele cumpre prisão domiciliar e foi acompanhado por um comboio da Polícia Penal do DF e por um helicóptero durante o deslocamento.
Em um post em uma rede social, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair Bolsonaro, afirmou que Bolsonaro saiu de casa acompanhado por equipes da Polícia Penal. "Presidente Bolsonaro sentiu-se mal há pouco, com crise forte de soluço, vômito e pressão baixa. Encaminhou-se ao DF Star acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, por se tratar de uma emergência", escreveu.
Mais cedo, a defesa de Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um atestado médico referente a exames feitos no fim de semana. O documento aponta anemia por deficiência de ferro e imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração em tomografia de tórax.
O relatório também informa a retirada de oito lesões de pele na região do tronco e do braço direito, além da reposição de ferro por via endovenosa. O ex-presidente segue em tratamento para hipertensão, refluxo gastroesofágico e prevenção de broncoaspiração.
No dia 15, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do DF encaminhasse ao STF um relatório sobre a escolta de Bolsonaro. O despacho questiona por que não houve retorno imediato do ex-presidente à residência, como previsto nas regras da prisão domiciliar, e pede informações sobre o veículo utilizado e a identificação dos agentes envolvidos na operação.
De acordo com o cirurgião Cláudio Birolin, que acompanha parte do tratamento, Bolsonaro apresenta quadro de saúde fragilizado e alimentação inadequada.