Jair Bolsonaro pode ser investigado pelo FBI por lavagem de dinheiro

FBI poderá dar início a uma investigação sobre lavagem de dinheiro e dissimulação de recursos no território norte-americano

Jair Bolsonaro pode ser investigado pelo FBI por lavagem de dinheiro | Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) pode estar sujeito, nos Estados Unidos, ao mesmo crime pelo qual José Maria Marín, ex-presidente da CBF, foi preso. Documentos de quebra de sigilo bancário do ex-capitão da reserva têm o potencial de conduzir a uma investigação contra ele no país norte-americano. Após a autorização concedida pelo Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal apresentou uma solicitação de cooperação internacional ao FBI, visando investigar a comercialização ilícita de joias que envolve Bolsonaro e outras pessoas. 

Caso haja a divulgação de informações bancárias nos Estados Unidos, o FBI poderá dar início a uma investigação sobre lavagem de dinheiro e dissimulação de recursos no território norte-americano, em relação ao crime de peculato cometido no Brasil. 

“Lavagem de dinheiro é um crime grave nos Estados Unidos. Foi o que aconteceu com o presidente da CBF, né?, explica o jurista Kakay à coluna Panorama, fazendo referência a José Maria Marin. Por isso há muita preocupação por parte do grupo do Bolsonaro que ele saía do Brasil para se refugiar nos Estados Unidos. Se ele tiver advogado, com certeza não fará isso”. 

Em 2017, Marín foi considerado culpado em seis casos judiciais, incluindo duas acusações de lavagem de dinheiro. A condenação teve lugar em Nova York, nos Estados Unidos. O ex-presidente da CBF foi acusado de ter aceitado subornos relacionados aos direitos de transmissão da Copa Libertadores da América, Copa do Brasil e Copa América entre os anos de 2012 e 2015, durante o período em que ocupava a posição mais alta na Confederação Brasileira de Futebol.

Esses eventos estão associados à Copa Libertadores da América, Copa do Brasil e Copa América, ocorrendo entre os anos de 2012 e 2015, durante o mandato de Marin como presidente da CBF. No mesmo contexto, o dirigente foi inocentado da acusação de lavagem de dinheiro relacionada à Copa do Brasil. 

Há preocupação por parte do grupo de Bolsonaro que sofra o mesmo destino que Marín. “Essa investigação nos Estados Unidos pode levá-lo a sofrer um pedido de prisão mais rápido do que aqui no Brasil. O que estão querendo é fazer uma ilação que fizeram lavagem de dinheiro no país norte-americano”, detalha Kakay. 

Apesar de expressar críticas ao governo Bolsonaro, o jurista enfatiza a importância de garantir ao ex-presidente o direito de se defender diante de todas as alegações. 

“Não é hora de prender o Bolsonaro. Entendo que temos que seguir o processo legal e dar o direito a ele de ampla defesa par que responda o processo aqui em liberdade. Prisão só deve ocorrer, na minha opinião, depois da condenação. Mas, nos Estados Unidos, é diferente. Se esse processo for aberto lá, ele corre sério risco”, concluiu. 

(Com informações do Portal iG)

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