O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é mencionado mais de 70 vezes na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que embasa a operação contra militares e ex-ministros. Eles são suspeitos de envolvimento em uma tentativa de Golpe de Estado visando manter Bolsonaro no poder, o que culminou na invasão dos Três Poderes em Brasília em 8 de janeiro. Além disso, o ex-presidente teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal e foi proibido de se comunicar com os investigados.
A operação, denominada Tempus Veritatis pela Polícia Federal, significa "hora da verdade" em latim. As menções a Jair Bolsonaro na decisão incluem transcrições de trechos de suas declarações, como aquelas feitas durante uma reunião com a alta cúpula do governo, onde ele instigou os presentes a promoverem desinformação ilegal e ataques à Justiça Eleitoral.
O nome de Bolsonaro também é mencionado na decisão em relação à descoberta de uma minuta golpista, que previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo a PF, Bolsonaro recebeu essa minuta e solicitou a retirada dos nomes de Gilmar e Pacheco, mantendo apenas o de Alexandre de Moraes.