Agora é consenso no PMDB que o senador Mão Santa deve deixar o PMDB se pretende ter garantia de legenda a reeleição em 2010. Depois de seu fiel escudeiro João Madson declarar que esse seria o melhor
caminho ao senador, ontem foi a vez do presidente Alberto Silva declarar que não fará mais esforços para sua permanência.
Temeroso com a disposição do ex-ministro João Henrique de disputar a vaga em convenção, pois teria ampla maioria dos votos, desde o início do ano Mão Santa anuncia que pretende sair da sigla. O não comparecimento ao lançamento da candidatura de Marcelo Castro o afastou mais ainda da cúpula do PMDB, que é aliada ao governo do Estado. Alberto Silva ainda tentou convencer João Henrique a demover da decisão de ser senador, mas a proposta não foi de todo aceita.
A gota d?água aconteceu quando Mão Santa nomeou como a ?chapa perfeita? para 2010 uma composição com João Vicente Claudino para governador, Sílvio Mendes para vice-governador e ele mesmo para o Senado. O pré-candidato do PMDB, Marcelo Castro, excluído, declarou que Mão Santa
passou dos limites. Ontem, Alberto Silva praticamente reiterou as palavras de Castro. ?Tudo tem limite.
Nós tentamos fazer um acordo para que ele (Mão Santa) ficasse e disputasse o Senado pelo PMDB. Mas ele passou dos limites?.
Como até as lideranças mais ligadas a Mão Santa estão preferindo se unir a ala governista pela candidatura de Castro, ?Mão Santa ficou sem espaço no partido?, conforme declarou João Madson.
O senador tem até o dia 2 de outubro para sair do PMDB e se filiar a outro partido. Caso permaneça, corre o risco de disputar a vaga em convenção com João Henrique. Caso perca, ainda resta negociar uma vaga para deputado federal.