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Interrogatórios de Bolsonaro e mais réus fortalecem denúncia, avaliam ministros

Na segunda (9) e na terça (10), Primeira Turma ouviu oito réus do chamado 'núcleo crucial', incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Bolsonaro durante interrogatório em julgamento da trama golpista | Foto: Antonio Augusto/STF
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Ministros do Supremo Tribunal Federal e investigadores ouvidos avaliam que os interrogatórios dos réus ligados ao chamado "núcleo crucial" da suposta tentativa de golpe, realizados no início da semana, não trouxeram novidades e ocorreram conforme o esperado.

A percepção é de que os acusados tentaram se distanciar dos crimes, mas acabaram admitindo participação em reuniões nas quais, segundo a Procuradoria-Geral da República, foi discutida a chamada “minuta do golpe”.

Eles também mencionaram os “considerandos” — a parte introdutória do documento, que teria a função de justificar as medidas antidemocráticas. Com isso, a avaliação reservada é de que os elementos apresentados na denúncia saíram fortalecidos.

Confirmações de Cid, contrapontos de Fux

Interlocutores da Procuradoria-Geral da República consideram que um dos depoimentos mais relevantes foi o do tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada. Para os procuradores, Cid confirmou pontos centrais da delação que implicam diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro na suposta trama golpista.

Paralelamente, advogados de defesa destacaram a atuação do ministro Luiz Fux nas audiências, com questionamentos dirigidos aos réus. Entre os defensores, há a expectativa de que Fux atue como uma espécie de revisor informal das decisões do ministro Alexandre de Moraes, oferecendo eventuais contrapontos ao colega.

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