O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou uma taxa de 0,38% em julho, acima dos 0,21% de junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo Transportes teve o maior impacto no índice do mês, com um aumento de 1,82%, contribuindo com 0,37 ponto percentual (p.p.) para o índice geral. A gasolina, que subiu 3,15% no mês, teve um impacto de 0,16 p.p., e as passagens aéreas aumentaram 19,39% em julho.
NÚMEROS NA ÁREA DA HABITAÇÃO
No grupo Habitação, com variação de 0,77% e impacto de 0,12 ponto percentual (p.p.), a principal pressão veio da energia elétrica residencial. A bandeira tarifária amarela, que adiciona R$ 1,885 a cada 100 kWh, elevou as contas de luz. No entanto, algumas regiões, como São Paulo, registraram uma redução média de -2,43% nas tarifas de energia.
ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS
O grupo Alimentação e Bebidas registrou uma queda de -1,00% em julho, principalmente devido à redução nos preços de itens básicos como tomate (-31,24%), cenoura (-27,43%) e cebola (-8,97%). No entanto, o preço do café moído subiu 3,27% e o alho, 2,97%, evidenciando a volatilidade dos preços no setor alimentício.
AUMENTO NA TAXA ACUMULADA
O indicador também mostrou um aumento na taxa acumulada em 12 meses até julho, que subiu para 4,50%, em comparação com 4,23% no mês anterior. A inflação acumulada em 12 meses está próxima do teto da meta do Banco Central para 2024, que é de 3%, com uma margem de variação de 1,50 pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo o IBGE, o IPCA avançou 2,87% nos primeiros sete meses do ano.