Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, indicou que a família Bolsonaro pretende reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) e torná-lo um candidato viável para a presidência em 2026. Em entrevista ao portal Pleno.News na noite de terça-feira (4 de junho de 2024), Michelle enviou indiretas a possíveis sucessores, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ela afirmou que ainda há caminho aberto para o ex-presidente e que a pressa em encontrar um sucessor para a base bolsonarista é motivada por interesses alheios à sua família.
"Quanto às manifestações do povo a respeito do meu nome, eu encaro como sendo o reconhecimento por saberem que o meu marido e eu estamos mais unidos do que nunca e compartilhamos os mesmos propósitos. Eu agradeço por todas essas manifestações, mas reafirmo: Bolsonaro é o nosso candidato! Eu me junto ao coro popular para pedir: ‘Volta, Bolsonaro!".
TENTATIVA DE DESVIAR A ATENÇÃO
Michelle criticou o que considera uma tentativa de desviar a atenção do nome de Jair Bolsonaro no cenário político nacional. Atualmente, Bolsonaro está inelegível para as eleições de 2024, 2026 e 2028, após ser condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em junho de 2023 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A condenação decorre de uma reunião com embaixadores em julho de 2022, onde Bolsonaro criticou o sistema eleitoral brasileiro e as ações do TSE e STF. Outra condenação refere-se ao uso do Dia da Independência de 2022 para promover sua campanha de reeleição.
Casal Bolsonaro mantém influência
Na entrevista, Michelle também abordou a possibilidade de se candidatar em 2026. Pesquisa do Paraná Pesquisas de 24 de maio indica que Michelle é uma forte adversária para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, Michelle teria 33,0% dos votos contra 36,6% de Lula no primeiro turno. Em comparação, Jair Bolsonaro lideraria com 38,8% dos votos, enquanto Lula teria 36,0%.
Michelle negou que tenha discutido internamente sobre assumir a candidatura presidencial, destacando seu compromisso em liderar o PL Mulher e aumentar a participação de mulheres conservadoras nas eleições municipais.