Debate: Índio critica Serra e Palocci leva tombo

Nos corredores do confronto organizado na noite de domingo pela Record

José Serra (PSDB) cumprimenta Dilma(PT) | AE
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Enquanto os principais candidatos à Presidência debatiam em frente às câmeras da TV Record na noite deste domingo, fogo amigo e reclamações davam o tom das conversas nos bastidores. Nos corredores da emissora, nem mesmo o deputado Indio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice na chapa presidencial tucana, disfarçou o incômodo com o desempenho do presidenciável José Serra (PSDB). ?Não está indo bem?, afirmou Indio, contrariado. ?Estão fazendo pesquisa qualitativa. Na hora em que ele fala, dizem: ?O filho da p...não responde??, emendou o vice, contrariado.

Alheio às declarações que o aliado dava nos corredores, Serra aproveitava os intervalos para chamar a toda hora o mediador Celso Freitas. Cochichou no ouvido do jornalista pelo menos cinco vezes. Em alguns casos, o tom era de reclamação. O tucano queixou-se, por exemplo, de uma das perguntas feitas por jornalistas da emissora aos candidatos.

Serra, que tem fama de mal-humorado, também não tardou para despertar críticas de assessores. Auxiliares do tucano comentavam nos corredores que ele precisava se mostrar menos carrancudo no vídeo. No intervalo seguinte, correram para o candidato e pediram a ele que sorrise mais e se mostrasse mais aberto.

Durante o debate, a petista Dilma Rousseff dava sinais de tensão, não sorria e falava pouco. Mas alguns membros da platéia encarregaram-se de preencher a cota de reclamações dos governistas.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, por exemplo, irritou-se diante das críticas feitas pelo candidato do PSDB à empresa. Sentado perto do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) - um dos coordenadores da campanha da petista Dilma Rousseff - Gabrielli puxou o petista e cobrou que seja dada uma resposta aos ataques.

Quem mais chamou a atenção, entretanto, foi o coordenador geral da campanha petista, deputado Antonio Palocci (PT-SP). No intervalo do primeiro para o segundo bloco, o ex-ministro da Fazenda tomou um tombo, mas levantou-se rapidamente. Em outro momento, Indio da Costa por pouco não se juntou ao petista. Escorregou e quase caiu enquanto ajeitava o colarinho.

No primeiro intervalo, o vereador Alfredo Sirkis (PV-RJ) e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), comentavam, em tom de ironia, afirmações do candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio.

Passou despercebida, por outro lado, a gafe da presidenciável verde Marina Silva, que trocou o nome do mediador Celso Freitas para Carlos Freitas. A candidata do PV, de qualquer forma, reservou os intervalos para outra tarefa. Achou melhor mudar o visual e tirou a pashmina colorida que vestia sobre o terninho branco na primeira etapa do debate. E aproveitou para colocar os óculos, que não vinha usando até ali.

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