As negociações do governo para readmitir o PR no primeiro escalão chegaram a um impasse: nem o partido quer o nome recomendado pelo Planalto nem Dilma Rousseff aceita as indicações da sigla.
A presidente mandou dizer que ou os líderes da legenda concordam com a nomeação do baiano César Borges (PR) ao Ministério dos Transportes ou tudo fica como está.
Segundo foi apurado, o recado foi dado pelo ministro Aloizio Mercadante (Educação), hoje braço direito de Dilma nas articulações da reforma ministerial. No último domingo, ele disse ao senador Alfredo Nascimento (PR-AM), presidente da legenda, que Dilma tem interesse em reabilitar o PR no primeiro escalão, mas não correrá riscos em um pasta estratégica que, só agora, mais de um ano após a "faxina", começa a recuperar alguma eficiência.
A despeito de todos os nomes propostos --como os deputados Luciano Castro (RR) e Jaime Martins (MG)--, Dilma só aceita César Borges, hoje vice-presidente do Banco do Brasil. Com ele, espera não ter surpresas na pasta. O problema: o aliado não conta com o aval do partido.
Dilma está ciente do impasse, mas prefere perder uma ala do PR a aceitar um nome que não lhe dá "segurança". Em 2011, Alfredo Nascimento deixou a pasta após acusações. Mas a "faxina" teve o efeito colateral de parar ou desacelerar programas.