A Polícia Federal irá investigar a intenção por trás da estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria, em Brasília, por dois dias, após ter seu passaporte confiscado durante uma operação que investigava uma possível tentativa de golpe de Estado.
Segundo imagens da câmera de segurança obtidas pelo jornal The New York Times, a visita do ex-presidente ao prédio da representação húngara ocorreu quatro dias após a operação que visava indivíduos suspeitos de participação em discussões durante seu mandato anterior. Em nota, o ex-presidente confirmou ter permanecido no local por dois dias e alegou que estava lá para "manter contatos".
Segundo o jornal norte-americano, o ex-presidente permaneceu no local durante dois dias acompanhado por dois seguranças e na companhia do embaixador húngaro e de membros da equipe diplomática. Bolsonaro, alvo de diversas investigações criminais, não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira, porque o local está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.
Ainda de acordo com NYT, a estadia na embaixada sugere que o ex-presidente estava tentando se valer de sua amizade com o primeiro-ministro Viktor Orbán, da Hungria, numa possível tentativa de escapar da justiça enquanto enfrenta investigações criminais no seu país.