O humorista Dedé Santana, 70, fala de modo sério de sua possível candidatura a deputado federal em 2010, mas admite que "tem um monte de piadinha": "Vão falar que é só mais um trapalhão entre vários", afirma.
Apesar de sua candidatura ter sido anunciada como certa, Dedé diz que ainda precisa pensar no assunto, e cita seu contrato com a Globo. "Eu estou muito bem lá com o Didi [o comediante Renato Aragão], ele tem sido um irmãozão comigo", afirma. Com o fim dos Trapalhões, na década de 1990, os dois se afastaram. Depois de anos brigados, se reconciliaram no ano passado e voltaram a trabalhar juntos.
Dedé afirma que foi a Brasília para tratar de outros assuntos. "Tem várias dificuldades por que o circo está passando, algumas injustiças. Aí fui lá falar com nosso senador Osmar Dias (PDT-PR) e ele me fez esse convite honroso", contou. Diz que ainda não se filiou ao partido e que a atual crise do Congresso não o desanima. "Até gostaria [de ser deputado], se fosse para fazer uma coisa que fizesse a diferença. Senão não." Nos anos 90, Dedé concorreu a deputado estadual no Rio, mas não foi eleito. "Ganhei e não levei, por causa do coeficiente.
Era um partido chamado PST, chamava até de partido do psit, para dizer que era o partido do Didi", afirma, relembrando a tirada clássica de Aragão: "Ô, psit".