O governo interino de Honduras autorizou na manhã desta quinta-feira (24) a reabertura dos aeroportos do país, que estavam fechados desde segunda-feira, quando a volta inesperada a Tegucigalpa do presidente deposto, Manuel Zelaya, acirrou a crise política iniciada com o golpe militar de 28 de junho.
Pelo menos duas pessoas morreram em virtude de conflitos de rua. A reabertura dos aeroportos vale desde as 6h locais (9h de Brasília). O toque de recolher que valeu durante a noite também foi levantado. A abertura deve permitir o fluxo normal dos cidadãos hondurenhos e estrangeiros que não podiam entrar ou sair do país.
O diretor da Aeronáutica Civil do país, Alfredo San Martín, confirmou à imprensa local que as operações nos quatro aeroportos do país estão se normalizando. Mas, por enquanto, apenas para voos locais. San Martín disse que os voos seriam retomados "o mais breve possível". Honduras tem aeroportos internacionais em Tegucigalpa, San Pedro Sula, e nas caribenhas La Ceiba e Roatán.
A medida restritiva esteve em vigor desde segunda-feira, mas ontem foi suspensa durante sete horas para que a população pudesse comprar alimentos, água e combustíveis, e foi restabelecida às 17h (20h de Brasília), até terminar hoje. O movimento da capital na manhã desta quinta começava a se normalizar, depois do caos dos dias anteriores, segundo a agência France Presse.
A crise política que o país vive desde o golpe militar de 28 de junho acirrou-se na segunda-feira, quando o presidente Zelaya voltou inesperadamente ao país e buscou abrigo na Embaixada do Brasil, junto com sua mulher e um grupo de partidários.