Homem é preso por gritar “fora Bolsonaro” na Arena Corinthians

Policiais conduziram homem por falar mal do presidente

Boletim de ocorrência | Reprodução / Facebook
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Circula nas redes sociais, endossado pelo deputado federal Rogério Correia (PT), a imagem de um boletim de ocorrência que mostra a condução de um homem à delegacia por expressar opinião política contrária ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). O caso está viralizando nas redes sociais e a situação é comparada à ditadura militar.

Em denúncia formal, especificada no registro, policiais militares ficharam um homem identificado como Rogério Lemes. Os policiais são Jaciel e Paulo Alexandre, que estavam fazendo patrulha na "Arena Corinthians". A justificativa para a condução do torcedor foi "para evitar princío de tumulto".

O boletim de ocorrência foi registrado no domingo (4). Segundo informações, Rogério chegou a ser algemado.

Crédito: Reprodução/Facebook.

Veja a pulicação do deputado Rogério Correia:

ATENÇÃO! ENSAIOS DE DITADURA: POLÍCIA JÁ PRENDE QUEM FALA MAL DE BOLSONARO EM ESTÁDIO DE FUTEBOL

Aconteceu ontem em São Paulo, durante o clássico envolvendo o Corinthians e o Palmeiras, na Arena Corinthians. O registro do boletim de ocorrência feito por um policial que trabalhava no local, inacreditavelmente, cita as razões para a detenção e condução à delegacia de um “declarante”: “no setor de cadeiras do estádio, expressou sua opinião política gritando palavras contra o atual presidente Jair Messias Bolsonaro”.

Sim, é isso mesmo: foi detido e conduzido à delegacia por ter expressado “sua opinião política” contra Bolsonaro. Ação típica de “polícias políticas” de regimes ditatoriais.

É o velho problema do “guarda da esquina”, relembrando a conhecida história da assinatura do AI-5 no governo Costa e Silva, em 1968. Consta que o vice-presidente Pedro Aleixo teria feito um alerta ao general presidente: “O problema de uma lei assim não é o senhor, nem os que com o senhor governam o país; o problema é o guarda da esquina”.

Hoje, o problema é até mais sério, já que mesmo o “chefe” da turma gosta de soluções simplistas e autoritárias para tudo. Mas quando a coisa se espalha e atinge diferentes esferas da sociedade, é porque a gravidade é muito maior.

Crédito: Reprodução/Facebook.

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