Nesta quinta-feira, 21 de setembro, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro está programada para tomar o depoimento de Wellington Macedo de Souza. Ele foi condenado por sua tentativa de colocar uma bomba em um caminhão próximo ao aeroporto da capital, Brasília, em dezembro de 2022.
Após mais de três meses em fuga, Macedo foi capturado pela Polícia Nacional do Paraguai em 14 de setembro, contando com a cooperação da Polícia Federal. Em 18 de agosto, enquanto ainda estava evadido, Wellington Macedo recebeu uma condenação de seis anos de prisão em regime inicial fechado, além de uma multa de R$ 9,6 mil.
Durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Wellington Macedo de Souza ocupou um cargo no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, sob a gestão de Damares Alves. Wellington foi convocado a pedido da presidente da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), juntamente com o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e os deputados Rogério Correia (PT-MG), Duarte Jr. (PSB-MA) e Duda Salabert (PDT-MG).
Os membros da base governista da CPMI expressaram interesse em realizar novos interrogatórios, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e também coletar o depoimento de Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo anterior. Essas oitivas estão agendadas, respectivamente, para os dias 3 e 5 de outubro.
Essas datas coincidem com uma semana antes da apresentação do parecer final sobre os trabalhos da CPMI pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), prevista para a segunda metade do próximo mês. A estratégia inclui a audição de Cid antes do ex-ministro de Bolsonaro, pois membros da comissão relataram ter recebido informações da Polícia Federal de que Braga Netto foi mencionado repetidamente nos depoimentos do tenente-coronel.