O vice-l?der do PDT, deputado Heitor F?rrer, ocupou a tribuna da Assembl?ia Legislativa na sess?o desta quinta-feira (24/04) para criticar o Governo pela atual carga hor?ria de trabalho enfrentada pelos policiais do programa Ronda do Quarteir?o.
Segundo Heitor, eles cumprem uma escala de seis por um ? atuam de 22 horas ?s 6 horas da manh? durante seis dias diretos e folgam no s?timo dia - o que ele considerou como ?desumano? e informou que at? a tropa envolvida no programa est? insatisfeita com isso. ?Isso ? um verdadeiro desajuste para a fam?lia militar?, reclamou, citando a mensagem 6.977, de autoria do Executivo, que pede a autoriza??o da concess?o de gratifica??o aos militares que exercem suas atividades de policiamento ostensivo em turnos di?rios de oito horas.
Ontem (23/04), essa propositura foi aprovada pela Comiss?o de Constitui??o, Justi?a e Reda??o (CCJR) da Assembl?ia e deveria ter sido votada em plen?rio hoje, pelo fato de estar em regime de urg?ncia. No entanto, o deputado Adahil Barreto (PR) solicitou que essa vota??o acontecesse somente amanh? (25/04) para que ele pudesse analisar o texto. O pedido do republicano foi aceito pelo colegiado.
Heitor considerou que estabelecer esse tipo de plant?o foi o mesmo que n?o pensar na vida familiar dos militares. Como conseq??ncia, Heitor afirmou que, em breve, os policiais precisar?o passar por tratamento psiqui?trico e anti-stress, j? que t?m seus hor?rios biol?gicos alterados. ?Essa ? uma escala humanamente imposs?vel de ser seguida. Mesmo que eles recebessem uma gratifica??o de R$ 3 mil, n?o valeria a pena?, avaliou ele.
Em aparte, Adahil informou que tamb?m recebeu reclama?es de policiais sobre a ?excessiva? carga de trabalho, de 48 horas semanais, e a caracterizou como ?ilegal?. Ele considerou insignificantes as gratifica?es concedidas pelo Governo aos policiais (R$ 320,00 para os de turno di?rio e R$ 670,00 para os noturnos) sob a justificativa de que eles correm risco de morte constantemente. Reclamou tamb?m que policiais de carreira est?o ganhando praticamente o mesmo valor dos que acabaram de ingressar na fun??o. ?Isso ? inadmiss?vel?, criticou ele.