Haddad procura “pelo em casca de ovo”,diz Serra sobre críticas

Serra (PSDB) tentou ligar a imagem de seu adversário, Fernando Haddad (PT) a do ex-ministro da Casa Civil

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O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, procurou associar, na tarde deste sábado, a imagem do ex-ministro da Educação e rival na corrida eleitoral em São Paulo, Fernando Haddad (PT), a do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, réu do processo do mensalão, atualmente sendo julgado pelo

STF.

Serra disse que Haddad precisa "assumir suas ligações" com o petista. "O Zé Dirceu é o guru dele, não sei por que ele tem vergonha, acha degradante. Assume isso. Zé Dirceu dá orientação à campanha dele. Acabou de dar uma agora. Qual é problema? Assume suas ligações", declarou o ex-governador.

Serra participou na tarde deste sábado de um evento com portadores de deficiência, na avenida Paulista, acontecimento que faz parte das celebrações, na capital paulista, do Dia Mundial Sem Carro. Ele empurrou a cadeira de rodas da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB). O tucano foi, junto com o grupo, do Trianon até o Conjunto Nacional, sentido Consolação, na avenida Paulista.

O tucano respondeu as criticas do seu adversário petista, feitas hoje, em entrevista ao SPTV, da Rede Globo, que classificou como "homicídio culposo" o desmoronamento que formou uma cratera na construção da estação Pinheiros da Linha 4-Amarela do Metrô, em 2007, e deixou sete mortos.

Para o candidato, Haddad quer tirar o foco do que classificou como "desastre no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)". "Ele está querendo limpar a barra do Enem. Estava fadado a dar errado, porque não tinha um estoque de provas para substituir caso desse errado. Então, ele se atropelou no Enem, e fica querendo procurar pelo em casca de ovo", declarou Serra.

Haddad, ex-ministro da Educação, tem no Enem um dos pontos mais criticados em sua gestão na pasta. O petista se defende das seguidas falhas - como o vazamento de provas e erros no gabarito, que levaram à anulação e adiamento da aplicação do exame - com a alegação de que as falhas são consequência de ações criminosas, e não de falhas do governo, como tenta atribuir no caso do desmoronamento do metrô em São Paulo. Para chegar à Paulista, o candidato abdicou de seu carro e chegou e partiu de metrô.

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