Hacker que violou e-mails de Dilma será investigado pela PF

Polícia vai apurar ação de hacker que invadiu computador na campanha de 2010.

O hacker, que se identificou como Douglas, em conversa com repórteres do jornal Folha de S. Paulo. | Alan Marques/Folhapress
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A pedido da presidente Dilma Rousseff, a Polícia Federal vai investigar o hacker que invadiu seu correio eletrônico pessoal durante a campanha eleitoral do ano passado e tentou vender um pacote de mensagens recebidas pela então candidata.

Na manhã de ontem, Dilma reuniu-se com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, responsável pela PF, para discutir a investigação do episódio. A polícia começou logo cedo a debater uma estratégia para o caso. À tarde, o ministro divulgou nota anunciando que a PF irá abrir inquérito para apurar a "suposta invasão do correio eletrônico pessoal da presidenta Dilma Rousseff".

O jornal Folha de S. Paulo revelou ontem que as mensagens de Dilma foram violadas. O hacker, que disse se chamar "Douglas", está desempregado e mora em Taguatinga (DF), afirmou ter atacado o computador de Dilma e copiado cerca de 600 mensagens recebidas por ela. Um dos endereços eletrônicos que Dilma usava na época era do UOL.

Em conversa com assessores, a presidente Dilma disse não temer a divulgação do conteúdo dos e-mails. O que preocupa o governo é a possibilidade de uso político do material obtido pelo hacker.

Segundo informações do jornal, o Palácio do Planalto teme que alguém acabe comprando os e-mails e possa incluir uma mensagem falsa no material, por exemplo. O governo não pretende confirmar a autenticidade dos e-mails enquanto a PF estiver debruçada sobre o caso, preferindo classificá-los como "supostas mensagens" obtidas "de forma criminosa" pelo hacker.

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