Grupo Camargo Corrêa diz ter doado R$ 23,9 milhões a partidos e candidatos em 2008

As doações, diz o comunicado, foram registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Operação Castelo de Areia | Divulgação
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A Camargo Corrêa divulgou, nesta quinta-feira (2), um comunicado em jornais sobre a operação Castelo de Areia, em que é investigada por suspeita de crimes financeiros e doações irregulares para campanhas eleitorais.

De acordo com a nota, em 2008, as empresas controladas pelo Grupo Camargo Corrêa doaram R$ 23,9 milhões a partidos e candidatos "em absoluta concordância com a legislação eleitoral". Do total, R$ 19,7 milhões foram doações realizadas pela construtora e suas controladas.

As doações, diz o comunicado, foram registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2008, foram realizadas eleições para escolha de prefeitos e vereadores.

Na nota, o grupo destaca seu "empenho para o esclarecimento dos fatos e sua confiança na Justiça e nas instituições" e "reafirma seu compromisso de, a despeito das adversidades do momento, continuar investindo, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento".

Operação

Na operação, quatro executivos da construtora, duas secretárias e quatro supostos doleiros chegaram a ser presos por suspeita de envolvimento em um esquema de remessa ilegal de dinheiro da construtora para o exterior por intermédio de doleiros que atuam no Brasil e em outros países. Os presos foram indiciados por evasão de divisas, câmbio ilegal e formação de quadrilha.

A PF também pôs a empreiteira sob suspeita de crime eleitoral com base em conversas entre executivos gravadas durante a investigação. Diversos partidos foram citados nas escutas telefônicas e de ambiente da investigação.

O grupo informa também que teve faturamento de R$ 16 bilhões em 2008 e que foram recolhidos impostos no valor de R$ 2,8 bilhões. Já o faturamento da construtora foi de R$ 5,4 bilhões, segundo a nota.

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