O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que o governo vetará um valor maior que R$ 540 para o salário mínimo de 2011. O valor é definido por um cálculo vigente desde 2007 e foi determinado por medida provisória pelo ex-presidente Lula em seu último dia de mandato. O valor é alvo de polêmica, já que as centrais sindicais defendem um mínimo de pelo menos R$ 580.
"O governo vai trabalhar por essa proposta (de R$ 540) e vai batalhar por ela. Se algo diferente for aprovado, vamos simplesmente vetar. O Executivo tem essa prerrogativa", disse o ministro.
Segundo Mantega, um aumento acima de R$ 540 pode causar pressão nas contas da Previdência. "Acima disso é temerário, porque aumenta o gasto da Previdência e causa uma deterioração das contas públicas, dificultando o equilíbrio fiscal. Acima de R$ 540 pode causar expectativa negativa, inclusive de inflação", ele.
Nesta terça-feira, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), afirmou que a bancada do partido na Câmara não está "convencida" de que este é o melhor valor que pode ser oferecido pelo governo, e pretende convocar uma reunião entre os membros do PMDB e a área econômica para debater o assunto. "Vamos convencer ou ser convencidos", alegou o deputado.