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Governo teme que Câmara amplie isenção do IR para além de R$ 5 mil

Entenda os receios dos parlamentares governistas sobre a votação da isenção do IR e os fatores que podem levar ao adiamento. Saiba mais!

Hugo Motta e Arthur Lira | Foto: Reprodução
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Apesar das expectativas de que o projeto de isenção do imposto de renda seja novamente debatido na próxima semana, parlamentares governistas estão receosos de que o clima tenso entre o governo e os deputados possa prejudicar a votação e adiá-la mais uma vez.

Os principais fatores que pesam contra a votação são:

  • O baixo pagamento das emendas parlamentares;

  • O descontentamento do Centrão com o PT na PEC da Blindagem;

  • O foco do governo no projeto de lei da anistia;

  • O desembarque definitivo do União Brasil da base governista;

  • A proximidade das eleições de 2026, que começam a fazer sombra sobre o cenário político.

Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto e ex-presidente da Câmara dos Deputados, deve participar da reunião de líderes na próxima terça-feira, onde será possível entender melhor o que pode ocorrer, de acordo com seus aliados.

Aliados de Lira acreditam que ele conhece bem o funcionamento da Câmara, e se o projeto ainda não foi pautado, é porque não há o clima adequado para sua votação.

Parlamentares governistas afirmam que, devido à alta popularidade do projeto, o Centrão e a oposição provavelmente não terão coragem de votar contra a isenção de imposto de renda. Contudo, um deputado ressaltou que essa é "uma das poucas cartas que eles têm para pressionar o governo".

Um dos receios é que, durante a votação, algum deputado da oposição ou do Centrão proponha uma alteração no texto para ampliar a faixa de isenção, sem que haja uma compensação financeira para cobrir a perda de arrecadação, o que poderia complicar ainda mais as negociações.

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