A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República anunciou nesta sexta-feira (14) a suspensão de novas campanhas de publicidade na antiga plataforma X, conhecida como Twitter.
Recursos - O governo já alocou R$ 5,4 milhões em publicidade no X, conforme registros do Portal da Transparência, sendo R$ 654.152,85 investidos entre 2023 e 2024. Entretanto, a partir de agora, não está prevista a realização de novas campanhas nesta plataforma.
Essa decisão é contextualizada pelas tensões entre o proprietário do X, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nas redes sociais.
Ameaça - O bilionário utilizou sua plataforma para criticar Moraes e ameaçou reativar contas desativadas em processos judiciais movidos pelo tribunal.
Imagem - Uma portaria de fevereiro de 2024 determina que o governo avalie a publicidade na internet visando mitigar possíveis danos à imagem das instituições do Poder Executivo.
Campanha - De acordo com fontes, a decisão de investir ou não em uma mídia é uma estratégia de campanha, ao contrário do que ocorre com a televisão e o rádio, onde a audiência é considerada. Portanto, é uma decisão que não requer um ato formal.
Nos últimos dias, sem mencionar diretamente Musk, o presidente Lula fez declarações que foram interpretadas como alusões ao proprietário do X.
Extremismo - Em uma delas, na quarta-feira (10), o presidente brasileiro afirmou que o crescimento do extremismo permite que "um empresário americano, que nunca cultivou um pé de capim neste país, ouse criticar a Corte brasileira, os ministros brasileiros e o povo brasileiro".
Um dia antes, na terça-feira (9), Lula já havia declarado que "um bilionário tentando lançar foguetes" terá "que usar muito do seu dinheiro para ajudar a preservar" o planeta Terra. A SpaceX, de Musk, tem realizado lançamentos de veículos espaciais tripulados.