O governador Wilson Martins (PSB) esteve ontem em Brasília tratando do problema da estiagem que vem assolando diversos municípios piauienses. Pelos dados da Secretaria Estadual de Defesa Civil, o Piauí já tem 42 municípios com situação de emergência decretada, mas a estimativa do Governo e entidades ligadas à agricultura, é de que o número seja superior. Para auxiliar os agricultores familiares que tiveram prejuízos por conta da falta de chuvas, Martins solicitou do Governo Federal um auxilio de R$76 milhões para o pagamento da Bolsa-estiagem.
De posse de um documento que comprova a situação crítica em que o Piauí atravessa, o governador explicou ao ministro da Integração, João Santana, e à secretária nacional de Defesa Civil, Ivone Valente, que as perdas ultrapassam os 60% na maioria das culturas produzidas no Estado. Segundo Wilson Martins, cerca de 220 mil famílias piauienses foram atingidas pela seca, tendo sua produção comprometida. ?A idéia é contemplar, através do bolsa-estiagem, aquelas famílias que ficaram prejudicadas mas não estão inseridas em nenhum dos auxílios do Governo?, argumentou o governador.
Acompanhado do ex-governador Wellington Dias (PT), Martins explicou que os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola referente ao mês de março 2010, feito pelo IBGE em parceria com o Emater e a Fetag, apontam perdas percentuais de 68,5% na produção de feijão, 69,8% na de milho e 66,5% na de arroz, além de perdas consideráveis na produção de mandioca, cujos dados o Governo ainda não dispõe.
A idéia é contemplar as cerca de 132 mil famílias que ainda não recebem auxilio como o Seguro Safra (que já contempla 68 mil famílias no Estado), em quatro parcelas de R$150. ?Queremos antecipar esse pagamento, fazendo com que as famílias recebam o benefício ainda neste primeiro semestre?, adiantou Wilson Martins, acrescentando que foi solicitado recursos para o fortalecimento da estrutura hídrica do Estado. ?A idéia é resolver o problema a longo prazo, através da perfuração de poços, construção de barragens etc?, concluiu o governador. (M.M)