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Governo revoga aumento de imposto sobre investimentos de fundos brasileiros no exterior

A alta tinha sido anunciada mais cedo nesta quinta-feira (22), mas acabou sendo revogada horas depois.

Haddad e Tebet — | Foto: Diogo Zacarias/MF
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O governo federal decidiu cancelar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para investimentos feitos por fundos nacionais fora do país. A alta tinha sido anunciada nesta quinta-feira (22), mas acabou sendo revogada horas depois. Com informações da Folha de São Paulo.

O QUE ACONTECEU

Segundo o Ministério da Fazenda, a decisão foi tomada após conversas internas e análises técnicas. A pasta informou que será mantida a isenção (alíquota zero) do IOF para esse tipo de aplicação, como já acontecia antes.

A proposta original previa uma cobrança de 3,5% de IOF, o que causou reação negativa no mercado financeiro. “O ministro da Fazenda informa que, após diálogo e avaliação técnica, será restaurada a redação anterior que mantinha o IOF zerado sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior”, disse a pasta em publicação na rede social X (antigo Twitter).

Governo revoga aumento do IOF para aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior — Foto: Reprodução/X 

Apesar dessa mudança, outras partes do pacote de aumento do IOF continuam valendo e entram em vigor nesta sexta-feira (23).

Entenda o que muda com o novo pacote de IOF

Inicialmente, o governo anunciou o aumento do imposto para diferentes tipos de operações financeiras fora do Brasil, incluindo:

    •    Compras com cartão internacional;

    •    Transferências para contas no exterior;

    •    Empréstimos internacionais de curto prazo;

    •    Investimentos de fundos brasileiros em outros países.

Com a decisão de hoje, apenas os investimentos de fundos brasileiros foram retirados da lista e seguem com IOF zero.

Outros aumentos seguem valendo

Mesmo com o recuo em parte da proposta, os demais aumentos de IOF continuam em vigor. Veja o que muda:

    •    A compra de moeda estrangeira em espécie passa a ter IOF de 3,5% (antes era 1,1%);

    •    Subiu o imposto sobre operações de crédito feitas por empresas;

    •    Foi criada uma alíquota de 5% para grandes contribuições em planos de previdência do tipo VGBL.

Com essas medidas, o governo espera arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais em 2025. O objetivo é melhorar as contas públicas e evitar cortes maiores no orçamento.

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