Governo quer evitar exposição de Lula, depois de responder Maduro via Itamaraty

O governo brasileiro decidiu responder às recentes provocações do governo de Nicolás Maduro, mas não planeja continuar a troca de declarações com o governo Maduro.

Relações estremecidas entre Lula e Nicolás Maduro | Evaristo Sá/AFP
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O governo brasileiro decidiu responder às recentes provocações do governo de Nicolás Maduro, da Venezuela, emitindo uma nota oficial por meio do Ministério das Relações Exteriores. Essa postura foi escolhida para evitar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se envolvesse diretamente, mantendo sua imagem distante da troca de acusações entre os países. A decisão visa minimizar a exposição pessoal de Lula enquanto reforça a posição do Brasil em relação às declarações ofensivas de Maduro.

O incidente teve início após o governo venezuelano divulgar uma imagem borrada de Lula, acompanhada da mensagem provocativa: “quem se mete com a Venezuela, se dá mal”. A atitude foi considerada ofensiva pelo Palácio do Planalto, que interpretou a publicação como um ataque pessoal e uma escalada retórica que não corresponde ao tratamento respeitoso que o Brasil tem dispensado à Venezuela em suas relações diplomáticas.

Embora inicialmente o Brasil tenha optado por ignorar a provocação, o uso de símbolos nacionais, como a bandeira brasileira, em contexto depreciativo levou o governo a reconsiderar sua postura. Segundo fontes do governo, havia um consenso de que era necessário responder para demonstrar que o Brasil não tolera o uso indevido de sua imagem e de seus símbolos nacionais, reafirmando sua posição firme diante das provocações.

“Chega uma hora que tem que responder”, afirmou à CNN, sob reserva, neste domingo (3), um ministro que cuida das manifestações do governo sobre o posicionamento do Brasil contra Venezuela.

Apesar da reação oficial, o governo brasileiro não planeja continuar a troca de declarações com o governo Maduro. Ministros e diplomatas avaliam que entrar em uma sequência de réplicas e tréplicas desviaria o foco das questões importantes para o futuro da Venezuela e poderia prejudicar a percepção pública sobre as eleições e políticas internas do país vizinho. Dessa forma, o Brasil opta por encerrar o caso e manter sua atenção em pautas mais estratégicas para as relações bilaterais.

Com informações da CNN

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