Estão em andamento preparativos por parte do governo federal para reestruturar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, com o propósito de estabelecer uma secretaria destinada unicamente à salvaguarda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No presente momento, a segurança do chefe do Executivo é incumbência da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que opera sob a égide do GSI. A análise de mudanças contempla a remoção do termo "coordenação" do nome da secretaria, visando a concentrar sua incumbência exclusiva na esfera da segurança presidencial.
Com essa modificação, é previsto que a secretaria deixe de desempenhar certas atribuições que estão sob sua responsabilidade no momento. Isso inclui a organização de viagens presidenciais tanto dentro do país quanto no exterior, bem como a coordenação de atividades ligadas ao cerimonial militar nos palácios presidenciais ou em locais indicados pelo presidente.
A ideia é que o órgão assuma responsabilidade exclusiva pela segurança pessoal de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de seus respectivos familiares, além de supervisionar a segurança dos palácios presidenciais e das residências do presidente e do vice-presidente.
De acordo com membros do GSI, essa alteração tem o propósito de "aperfeiçoar a eficiência" da prestação de serviço de segurança a Lula. A participação de militares da entidade na proteção do presidente tem sido alvo de indagações desde o início deste ano. Nos primeiros meses, a tarefa foi desempenhada pela Polícia Federal; entretanto, a condução do serviço foi assumida pelo Gabinete de Segurança Institucional em julho.
A participação de militares na segurança do presidente suscita desconfiança entre alguns membros do governo, especialmente em vista dos incidentes de vandalismo ocorridos em Brasília em 8 de janeiro. Recentemente, houve a exoneração de um tenente-coronel do Exército que integrou a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial. Foi constatado que ele estava envolvido em um grupo de mensagens que promovia e respaldava a ideia de um golpe de Estado no Brasil.
(Com informações do R7)