Com a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 08 de janeiro, as atenções se voltam para a indicação dos membros pelos blocos partidários.
Diante de parlamentares bem alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal, o Governo Lula prepara um time que inclui políticos mais técnicos e aqueles considerados 'bons de briga'. Os 'brigões' terão a missão de confrontar de imediato os representantes da extrema-direita; já os técnicos terão a missão de demandar seriedade e sombriedade aos debates, que são considerados importantíssimos especialmente para identificar mais financiadores dos atos e até mesmo apurar a responsabilidade de deputados e senadores no movimento que culminou na invasão e depredação das sedes dos três Poderes.
O Governo projeta que terá na CPMI até 21 dos 32 integrantes. Nesse âmbito, já é possível apontar alguns nomes que devem compor o Colegiado e que teriam demonstrado o desejo de participar:
Bons de briga
André Janones (Avante-MG)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Técnicos
Rubens Pereira Junior (MA)
Rogério Correia (MG)
Renan Calheiros (MDB-AL)
Omar Aziz (PSD-AM)
Fabiano Contarato (ES)
Humberto Costa (PE)
Os nomes são bastante conhecidos do eleitorado e já protagonizaram discussões acaloradas com expoentes do bolsonarismo, Omar Aziz e Renan Calheiros, por exemplo, ocuparam os principais postos da CPI da Pandemia.