O Palácio do Planalto ignorou as críticas do ex-presidente FHC ao governo e à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à sucessão presidencial. Segundo o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o ataque do ex-presidente em um artigo aos petistas e as declarações desqualificando o poder político da ministra não foram tratadas na reunião de coordenação política. Padilha disse que o tucano não "impressionou a todos". O ministro disse que a estratégia da base governista para as eleições de outubro continua centrada na comparação entre os dois governos de Fernando Henrique e os dois de Lula porque a oposição ainda não apresentou o que propõe para o Brasil do futuro. "Ninguém comentou [a críticas] porque não impressionou a todos não. [...] Eu particularmente já fiz meu comentário sobre isso. O estímulo para a comparação entre os dois governos foi feito na eleição passada e a defesa do nosso governo é de comparar com governos anteriores. Enquanto a oposição não falar o que quer fazer daqui para frente só podemos comparar com o que fizeram. A partir do momento que disserem o que pretendem fazer, nós vamos discutir. Até agora só o que foi dito é que querem acabar com PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], mudar a meta de inflação, mexer na taxa de câmbio, rever os juros", disse. Padilha saiu em defesa da ministra e afirmou que Dilma tem um papel de protagonista no governo e para o futuro do país. "A ministra a cada dia supera desafios. Ela foi a primeira mulher a ser secretária da fazenda no Rio Grande do Sul, também a primeira a ser secretária de Minas e Energia e superou o desafio de ser primeira ministra de Minas e Energia e a da Casa Civil, reforçando o papel de protagonista dela no nosso governo e no que pode ser o futuro do país", afirmou. Favorecimento Em um evento na manhã de hoje, o ministro Tarso Genro (Justiça) minimizou as críticas do ex-presidente e disse que a presença do tucano no cenário político favorece a campanha da ministra. "Isso é positivo para a democracia porque permite que a população compare os dois projetos. Um do Fernando Henrique que se vinculará ao Serra, o que é bom para o PSDB e também ajudará a campanha da Dilma. Ela representa o presidente Lula e é essa comparação que interessa para nós", disse. Tarso afirmou que o ingresso de Fernando Henrique na campanha favorece a estratégia da campanha petista de fazer uma eleição plebiscitária, ente PT e PSDB. "Acho que essa polarização entre os dois governos é boa porque permite comparação. Uma frase mais agressiva vai ocorrer na campanha. Essa presença do Fernando Henrique na cena política, vinculado a campanha do Serra, pede comparação entre as duas gestões", disse. De acordo com o blog do Josias, ao discursar num seminário organizado por prefeitos e governadores do PSDB, Fernando Henrique falou sobre a sucessão de 2010, comparou Dilma a um "boneco" e disse que a ministra-candidata é "manipulada" pelo "ventríloquo" dela, o presidente Lula. O ex-presidente também afirmou que duvida das chances de êxito da transfusão de votos de Lula para Dilma. O eleitor, disse FHC, "desconfia de bonecos". Em um artigo divulgado no sábado, Fernando Henrique disse que aceitava uma eleição plebiscitária, desde que as "comparações fossem sem mentiras" No texto, o tucano chama o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "tosco", "mentiroso" e "dissimulado". "Se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer". Lula nao respondeu ao ataque,disse que achou inexpressivo
Governo ignora críticas de FHC a Dilma e defende eleição plebiscitária
O Palácio do Planalto ignorou as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
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