“Governo está ”até noturnamente“ atento à inflação”, diz Dilma

No discurso desta terça, Dilma defendeu “serenidade na condução econômica”

Dilma | G1
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A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça (26) que o governo está atento "diuturnamente e até noturnamente" à taxa de inflação e pronto para tomar medidas no momento em que julgar necessário.

"Todo aumento de inflação vai exigir que o governo tenha atenção especial sobre suas fontes e causas. Meu governo está diuturnamente e até noturnamente atento a todas as pressões inflacionárias, venham de onde vier, e fazendo permanente análise delas", declarou a presidente durante discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado "Conselhão", em Brasília.

No dia anterior, questionada por jornalistas, a presidente afirmou ter "imensa preocupação" com a inflação e disse que travará uma luta "acirrada" contra a alta dos preços.

No discurso desta terça, Dilma defendeu "serenidade na condução econômica" e afirmou ter compromisso com o crescimento econômico e social, "pois é isso que gera emprego para milhões de brasileiros".

"É preciso ter serenidade. Estamos monitorando a evolução da economia e estamos prontos para tomar as medidas sempre que forem necessárias. Eu tenho o compromisso com o controle da inflação, pois sem ele não há desenvolvimento sustentável e eu cumpro meus compromissos", declarou.

Dilma reclamou da pressão sofrida pelos países emergentes, que, segundo avaliou, sustentaram a dinâmica econômica durante a crise mundial. Para ela, o elevado grau de liquidez mundial, com crescente entrada de dinheiro, impõe "uma grande pressão monetária sobre as economias em desenvolvimento".

"Os países emergentes , é bom que se reconheça, sustentaram a dinâmica econômica no pior momento da crise. Agora, são pressionados pela expansão intensa da liquidez internacional, geradora de desequilíbrios não só cambiais, mas também de desequilíbrios inflacionários", afirmou.

Infraestrutura

Para a presidente, é "melhor" enfrentar problemas decorrentes do crescimento do que problemas resultantes de depressão econômica.

Ela mencionou os aeroportos como exemplo de "bom problema". Segundo Dilma, o fato de a lotação dos aeroportos resultar de crescimento da demanda do país "exige que eles estejam prontos não para a Copa, mas para a imensa demanda da população que viaja de avião".

Para enfrentar essa situação, ela disse que o governo prepara projetos de médio e longo prazo. "Nós não fiicaremos passívos, olhando os problemas. Vamos enfrentá-los", declarou.

Antes da fala de Dilma, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, afirmou que o governo definiu as regras de concessão em três aeroportos do país, Viracopos, Guarulhos e Juscelino Kubistchek, em Brasília.

A medida serve para acelerar as obras necessárias para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2014. Relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) revelou que as obras em 9 dos 13 aeroportos em cidades-sede da Copa não ficarão prontas a tempo par o Mundial.

Educação

A presidente também afirmou no discurso que o governo tem "grande preocupação" com a formação de estudantes, com a finalidade de torná-los futuros cientistas. Por isso, ela afirmou que, a exemplo de outros países, o Brasil passará a enviar mais estudantes para o exterior.

"Eu queria informar ao conselho que o governo tem a posição de, até 2014, chegar a 75 mil bolsas para financiar a presença desses nossos estudantes no exterior. E queria fazer um convite e um desafio aos senhores. Eu acredito que o setor privado pode comparecer com uma ajuda aos estudantes brasileiros e ao Brasil que nos permita chegar a cem mil bolsas em 2014 ", disse.

Pobreza

Dilma afirmou que o programa de erradicação da miséria, prometido pela então candidata durante a campanha eleitoral, será lançado "nas próximas semanas".

"Temos o desafio de colocar na pauta do Brasil, através de todos os mecanismos, a erradicação da pobreza extrema no nosso país", afirmou.

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