O Instituto de Águas e Esgotos do Piauí, em parceria com a Superintendência de Relações Institucionais e Movimentos Sociais do Governo do Estado, realizou, na quarta e quinta-feira (4 e 5), reuniões com lideranças do movimento sindical e representantes dos movimentos sociais da capital para apresentação da proposta de reestruturação dos serviços de saneamento básico em Teresina. As reuniões foram realizadas nos auditórios da Fetag e do Ministério do Trabalho.
“O objetivo das reuniões é levar às pessoas e às comunidades informações sobre as razões pelas quais o Governo está propondo esse projeto, que visa exatamente levar água e esgoto a todos os piauienses, começando aqui por uma solução que seja definitiva para a cidade de Teresina. Que tem uma cobertura de rede de água que formalmente é de 98%, mas todos os dias a gente está recebendo reclamações de comunidades que não são atendidas com água, às vezes, de jeito nenhum ou chegando uma vez por dia”, explicou Herbert Buenos Aires, diretor-geral do Instituto de Águas.
Na oportunidade, o diretor fez um diagnóstico do saneamento básico na capital e no estado e em seguida apresentou o Instituto como ferramenta importante para o desenvolvimento das ações necessárias à resolução dos problemas de água e esgoto na capital e interior, especialmente a captação dos recursos primordiais, já que a Agespisa se encontra impossibilitada de captar financiamentos. Explicou ainda que a parceria com uma empresa privada é uma alternativa para avançar na reestruturação dos serviços de saneamento na capital.
Buenos Aires esclareceu também que não haverá aumento da tarifa de água em razão dessas necessidades de investimentos. “A tarifa de água permanecerá como uma das mais baixas do Brasil, 8ª menor tarifa média de água dentre as 27 capitais do Brasil. Os reajustes continuarão anuais, de acordo com análise da Arsete. Já, a tarifa de esgoto será equiparada à tarifa de água, de forma escalonada em três anos. E a tarifa social não sofrerá alteração, continuando a beneficiar as famílias que a ela tem direito”, destacou o diretor.
Para o sr. Antonio Oliveira, representante da Associação de Moradores do Parque Bom Futuro, zona rural de Teresina, a reunião foi esclarecedora. “Na minha concepção, foi muito importante esta habilidade usada pelo nosso governador sobre o sistema de abastecimento de água e esgoto do Piauí. Foi muito acertado esse projeto governamental. O certo é o que começou a ser realizado, reuniões de esclarecimento com as instituições que trabalha em prol da sociedade civil”, disse Antonio Oliveira.
A professora Almerinda Alves aprovou a proposta do Governo e saiu animada da reunião. “Acho que a proposta ela é viável, desde que se faça debates maiores, principalmente com os movimentos sociais para que eles compreendam melhor porque, por enquanto, as pessoas estão muito confusas, estão acreditando que a criação desse novo Instituto vai privatizar a Agespisa e não é isso”, enfatizou