Algumas lideranças governistas se reuniram na noite desta segunda-feira para avaliar qual é a melhor estratégia para impedir os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, que deve começar amanhã.
Os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Ideli Salvati (PT-SC), estão reunidos na casa do petebista Gim Argelo (DF) decidindo o que fazer.
Segundo interlocutores, uma dessas alternativas seria que o atual presidente interino da CPI, Paulo Duque (PMDB-RJ), abra os trabalhos amanhã, receba os requerimentos, mas não coloque em votação a escolha do presidente da Comissão. Uma das justificativas pode ser o número insuficiente de parlamentares para a votação.
A intenção dos governistas é ganhar tempo para abrir o diálogo com a oposição para abortar a CPI. Eles pretendem levar para a mesa de negociações argumentos de empresários afirmando que a CPI pode mesmo prejudicar a estatal.
O mais cotado para assumir a relatoria da CPI é Jucá, enquanto a presidência deve ficar com o senador João Pedro (PT-AM).
Os partidos governistas tem oito das 11 vagas de titular, enquanto a oposição ficou com apenas três cadeiras. Seguindo orientação do governo, os líderes alinhados com o Planalto não abriram mão dos cargos de comando, que foram entregues ao PT e ao PMDB.