Os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF) vão depor nesta semana na CPI do Cachoeira no Congresso, após teram a convocação aprovada aprovada em sessão da comissão no dia 29.
O depoimento de Perillo será na terça-feira (12) e de Agnelo na quarta-feira (13). A convocação dos dois ocorreu em meio a um racha na base aliada. Na ocasião da convocação, a CPI rejeitou o pedido para ouvir Sérgio Cabral (PMDB-RJ) foi rejeitado.
O PMDB, aliado do PT, articulou os 16 votos pela convocação de Agnelo, com o apoio de PP, PR PSC, PSB, PDT e da oposição. Doze parlamentares votaram contra. O depoimento de Perillo foi aprovado por unanimidade.
Segundo a PF (Polícia Federal), Perillo recebeu R$ 1,4 milhão de Carlinhos Cachoeira pela venda de uma casa e nomeou funcionários a pedido do empresário, preso sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal.
Agnelo, diz a PF, também teve assessores corrompidos pelo grupo de Cachoeira. Tanto o petista quanto o tucano negam irregularidades.
Agnelo deverá responder sobre um suposto tratamento diferenciado com Delta, empresa suspeita de manter ligações com Cachoeira, preso desde o dia 29 de fevereiro. A Delta domina os contratos de coleta de lixo no Distrito Federal. O mais recente foi assinado no fim de 2010, antes da posse de Agnelo.
A convocação do petista foi aprovada no último dia 30 de maio após um racha na base aliada do governo federal. Logo após o anúncio da convocação, o governador chegou a considerar a ida dele como "injusta".
Já Perillo terá de explicar a venda da casa cujo outros convocados já deram versões e preços conflitantes com a do governador. Cachoeira morava na casa em questão e foi preso nela.