A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, afirma que não abandonará o DEM e diz que confia na "superação" da crise em seu partido, que acumula conflitos internos e deserções neste ano.
Rosalba, 58, diz "não ter motivos" para uma desfiliação porque sempre foi "muito bem tratada". Ela faz um apelo aos colegas da oposição dizendo que "o Brasil não pode ter um lado só".
Ela será a única representante do partido entre os governadores caso Raimundo Colombo, de Santa Catarina, confirme sua migração para o PSD, que está sendo criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ex-DEM.
"Temos de reconhecer que estamos em um momento difícil, houve essas defecções. Isso reduz a força do partido. Mas já passamos por outras crises. Acredito muito que vamos superar."
A governadora, que trocou o PDT pelo PFL (atual DEM) há 21 anos, considera o troca-troca entre partidos uma "acomodação natural da democracia pluripartidária".
Questionada sobre o risco de extinção de seu partido, afirma que "são ondas que acontecem, mas depois a maré irá amansar".
Caso Colombo confirme sua saída, Rosalba admite que terá uma "responsabilidade maior" dentro da legenda, mas afirma que não teme o isolamento.
"Confio muito no comportamento republicano da nossa presidente [Dilma]. Não há mais espaço para discriminação por razões partidárias".
Além de elogiar Dilma, a governadora disse que o país enfrenta um momento que "merece aplausos". No entanto, pediu que a oposição não deixe de "levar ideias e um ponto de vista diferenciado" para o debate público.