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Governador do Tocantins é afastado do cargo em operação da Polícia Federal

Operação Fames-19 investiga desvio de dinheiro voltado ao enfrentamento da Covid-19, ainda durante a pandemia, incluindo verbas parlamentares destinadas à aquisição de cestas básicas

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa | Foto: Reprodução/Instagram
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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a segunda fase da Operação Fames-19 para investigar um suposto esquema de desvio de dinheiro público do governo de Tocantins destinado à compra de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19. Um dos investigados é o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que, por determinação do STJ, foi afastado do cargo por 180 dias. Mandados são cumpridos no Palácio Araguaia e na Assembleia Legislativa desde cedo.

Segundo a PF, mais de 200 agentes cumprem 51 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares, visando reunir elementos sobre o uso de emendas parlamentares e suposto recebimento de vantagens indevidas.

As investigações tramitam sob sigilo no STJ, e há "fortes indícios" de desvio de recursos públicos entre 2020 e 2021, quando os investigados teriam se aproveitado do estado de emergência para fraudar contratos de cestas básicas.

Foram pagos mais de R$ 97 milhões em contratos de cestas básicas e frango congelado, com prejuízo estimado aos cofres públicos em mais de R$ 73 milhões, supostamente desviados e ocultados via empreendimentos de luxo, compra de gado e despesas pessoais.

Na primeira fase, também foram cumpridos 42 mandados em Tocantins e medidas cautelares patrimoniais, todas expedidas pelo STJ. O nome da operação faz referência à fome causada pela pandemia: Fames significa fome em latim e 19 alude ao período pandêmico.

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