Governador de SC corta patrocínio à parada LGBT e dispara: 'não financiaremos pautas ideológicas'

Segundo a Comissão Organizadora, a falta de recursos suficientes, mesmo com outros patrocinadores, compromete a realização completa do evento

Montagem mostra Parada da Diversidade de Florianópolis, governador Jorginho Mello e ex-presidente Jair Bolsonaro | Montagem/MeioNews
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O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), anunciou na quinta-feira (8) que o Estado não patrocinará a Parada da Diversidade de Florianópolis, marcada para 17 de novembro. Em seu perfil no X (ex-Twitter), Mello justificou a decisão com base em "critérios técnicos" e afirmou que apenas projetos "estritamente culturais" receberão apoio do governo. A medida destaca a postura do governo de evitar o financiamento de pautas que alegam ser "ideológicas".

dificuldades financeiras para realizar o evento

Originalmente prevista para setembro, a Parada da Diversidade foi adiada para novembro devido às restrições impostas pela Lei Eleitoral, que impede a Prefeitura de Florianópolis de apoiar eventos a menos de 90 dias das eleições municipais de outubro. A mudança de data foi uma tentativa de assegurar a realização do evento, mas mesmo com o adiamento, os organizadores enfrentam dificuldades financeiras. Segundo a Comissão Organizadora, a falta de recursos suficientes, mesmo com outros patrocinadores, compromete a realização completa do evento.

A Comissão Organizadora da Parada também buscou alternativas de financiamento por meio da Lei Nacional de Incentivo à Cultura, mas não obteve sucesso em tempo hábil. Além disso, o projeto da Parada não foi aprovado no Programa de Incentivo à Cultura de Santa Catarina (PIC), o que impossibilitou a captação de recursos através de incentivos fiscais do ICMS. Esses desafios financeiros são ainda mais acentuados pelo contexto eleitoral, que restringe o apoio institucional a eventos desse porte.

cenário de polarização política

A decisão do governador e as dificuldades enfrentadas pelos organizadores do evento ressaltam a complexidade de realizar eventos culturais em ano eleitoral, especialmente em um cenário de polarização política. A ausência de patrocínio estadual pode impactar significativamente a realização da Parada, que é um dos principais eventos de visibilidade e celebração da diversidade na região.

Para mais informações, acesse meionews.com

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