A Polícia Federal (PF) emitiu uma intimação para o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, depor na próxima terça-feira (6) em relação às investigações sobre o funcionamento de uma suposta "Abin paralela". A convocação tem como base dados que apontam que o militar teria recebido informações sobre alvos monitorados ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante seu período como ministro do governo Bolsonaro.
O enfoque da PF no depoimento de Heleno busca esclarecer o grau de conhecimento que ele tinha acerca das atividades ilegais praticadas na Abin e identificar os destinatários dos relatórios produzidos pela agência de inteligência.
Durante o tempo em que os fatos investigados ocorreram, a Abin estava sob a gestão do Gabinete de Segurança Institucional, pasta comandada por Augusto Heleno. O ex-ministro, quando procurado pela imprensa, não atendeu nem retornou os contatos até o momento.
Na segunda-feira (1º), em declarações à jornalista Andrea Sadi, Heleno afirmou que não teve participação nos monitoramentos ilegais e questionou o motivo pelo qual a PF o convocaria para depor. Tais declarações foram feitas um dia antes de sua intimação.
A investigação da PF visa esclarecer o papel de altos funcionários do governo Bolsonaro na alegada "Abin paralela". O caso lança luz sobre possíveis irregularidades no monitoramento de indivíduos pela agência de inteligência, levantando preocupações sobre o respeito às leis e à privacidade durante o período em questão.
Para mais informações, acesse MeioNorte.com