General Amaro assume comando do GSI em nomeação oficial de Lula

Ricardo Cappelli, que estava no comando de forma interina, volta a ser secretário-executivo do Ministério da Justiça

O general Antonio Amaro, novo ministro-chefe do GSI | Marcos Corrêa/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou oficialmente o general Marcos Antônio Amaro dos Santos como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O decreto foi publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (4). 

O general Amaro assume o cargo deixado pelo general Gonçalves Dias, que renunciou em 19 de abril após imagens de sua presença e de outros militares do GSI durante os ataques golpistas em Brasília em 8 de janeiro. A nomeação foi feita pelo presidente em uma reunião realizada na manhã de quarta-feira (3). 

Antes disso, Ricardo Cappelli ocupava o cargo interinamente e agora voltará ao cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça. Desde que assumiu o cargo interinamente, Cappelli já planejou uma reestruturação no GSI e exonerou pelo menos 146 funcionários do gabinete no final de abril.

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Perfil do novo comandante

General Amaro já foi comandante do GSI no final do governo de Dilma Rousseff, deixando o cargo logo após o impeachment da presidente, em maio de 2016. A instituição chamava na época de Casa Militar.

No governo de Jair Bolsonaro (PL), o general da reserva ficou responsável pelo comando militar do Sudeste e assumiu o posto de chefe do Estado-Maior do Exército. O cargo era ocupado por ele até maio de 2022. Amaro entrou para a reserva do Exército apenas em janeiro deste ano.

A escolha de general Amaro ainda era incerta no governo de Lula. Os integrante do governo discutiam se a melhor escolha para o cargo seria um civil ou um militar, sendo cogitado até a extinção do GSI.

Desde a posse do presidente da República, o órgão vem sofrendo um esvaziamento. A motivação se deve pelo mapeamento feito pelo governo, que identificou diversos integrantes da oposição no órgão. Cerca de 87 pessoas foram exoneradas. 

No momento, a segurança de Lula é feita pela Polícia Federal, além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ser transferida para a Casa Civil.

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