O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta quarta-feira (8) que o ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que na terça-feira pediu afastamento do cargo depois de denúncias sobre evolução de seu patrimônio pessoal e suposto tráfico de influência, tem mandato de um ano a cumprir como conselheiro da estatal.
Palocci foi eleito conselheiro da Petrobras no final de abril, na assembleia ordinária da estatal, e tem mandato de um ano. Gabrielli ressaltou que a estatal não tem como interferir em uma decisão tomada em assembleia. ?Isso é uma decisão que não compete à Petrobras a tomar. O cargo é da pessoa, não do ministro. O cargo pertence a uma pessoa física?, enfatizou.
?A assembleia ordinária é realizada uma vez por ano, de acordo com a lei. No caso de vacância, o cargo de conselheiro pode ficar vago ou o Conselho de Administração pode buscar um substituto?, disse ele.
?O ex-ministro Palocci é uma pessoa de alta competência. A Procuradoria arquivou as denúncias contra ele, que renunciou para não prejudicar o governo?, afirmou Gabrielli na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no centro da capital fluminense.
Produção da Petrobras deve chegar a 6 milhões de barris diários em 2020
Gabrielli disse que, com a inclusão da cessão onerosa e das novas áreas de produção, que fazem parte do futuro plano de investimentos até 2015, a produção de petróleo vai chegar a 6 milhões de barris por dia em 2020.
?No plano atual, a produção é de 3,9 milhões de barris diários até 2020. Com a inclusão da cessão onerosa e das novas áreas (produtoras), a produção da Petrobras em 2020 deve ser de 6 milhões de barris de óleo. Esse número não incluem os parceiros?, afirmou o presidente da estatal. Gabrielli não deu mais detalhes sobre o novo plano de investimentos, nem disse quando vai ser divulgado.