Fuzil usado em atentado contra Trump é vendido no Brasil por R$ 35 mil

Especialistas consultados afirmam que o AR-15 é usado majoritariamente para caça, devido à sua alta precisão a longas distâncias

Montagem mostra rifle AR-15 e atentado contra Donald Trump | Montagem/MeioNews

O rifle AR-15, utilizado no recente confronto contra o ex-presidente americano Donald Trump, é a arma mais vendida nos Estados Unidos, segundo o FBI. Especialistas consultados afirmam que o AR-15 é usado majoritariamente para caça, devido à sua alta precisão a longas distâncias. A comercialização do item é permitida em 41 dos 50 estados americanos, incluindo a Pensilvânia, onde Trump fez seu comentário, candidato à reeleição, neste sábado (13).

Vendedor mostrando rifle AR-15 - Foto: Reprodução

AR-15 é altamente letal

No Brasil, a venda do AR-15 é liberada apenas para CACs (colecionadores, atiradores esportivos e caçadores), mas o porte é restrito às forças de segurança. O rifle custa entre R$ 35 mil e R$ 40 mil no país. Rafael Alcadipani, especialista em segurança pública e professor da FGV, destaca que o AR-15 é altamente letal, capaz de disparar até 100 projéteis em poucos segundos a distâncias de até 400 metros.

comércio de fuzis de assalto

A National Rifle Association (NRA) dos Estados Unidos estima que 1 a cada 20 americanos possua um AR-15, sendo justificado principalmente para caça e proteção pessoal. O aumento significativo nas vendas ocorreu em 2004, após a revogação de uma lei federal que proibia o comércio de fuzis de assalto. Em vários massacres recentes, o AR-15 foi a arma utilizada, destacando sua prevalência e letalidade.

Atentado contra Donald Trump - Foto: Reprodução

Roberto Uchôa, policial federal e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, observa que o Brasil tem visto uma aproximação ao cenário americano em termos de circulação de AR-15, especialmente durante a presidência de Jair Bolsonaro (PL). Após a permissão da posse em 2019, mais de 30 mil unidades foram adquiridas no país. Hugo Santos, diretor presidente da Aspaf, argumenta que, embora tenha havido um aumento na aquisição de armas de fogo durante a gestão Bolsonaro, a taxa de homicídios permaneceu estagnada, indicando a complexidade da relação entre armamento e segurança pública.

Para mais informações, acesse meionews.com

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