Enquanto o HUT está lotado e sem poder atender todos os pacientes que procuram atendimento médico, o Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal do Piauí estava no domingo de Carnaval sem nenhum paciente e sua recepção estava limpa e com apenas quatro funcionários, incluindo um segurança.
Os funcionários afirmaram que o HU estava sem novos pacientes porque não foram enviados pela Central de Consultas do SUS (Sistema Único de Saúde).
Os pacientes não podem procurar diretamente o HU para tratamento médico porque não tem atendimento de urgência e emergência e têm que ser encaminhados pelo SUS.
Os corredores do HU são muito limpos, cadeiras da recepção são muitas, mas pouco usadas. Ficam vazias e a impressão que se tem é de estar em um auditório.
O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), disse que levantou a questão do atendimento de mais pacientes pelo HU com a presidente Dilma Rousseff, durante a visita que fez na capital piauiense no mês passado.
"Nós temos que ter uma melhoria do financiamento da saúde pelo Governo Federal. Dos R$ 10,5 milhões que o HUT custa por mês, o Governo Federal anda com menos de R$ 3 milhões.
O teto tem que ser aumentado", falou. Firmino Filho declarou que o HU deveria ter um papel de retaguarda, foi inaugurado há mais de um ano e não cumpre sua missão.
"Se quisermos ir lá agora, podemos tirar fotografias e ver que 80% do hospital está ocioso, enquanto o atendimento no HUT está estrangulado. O sistema é bipolar: de um lado está cheio; de outro lado está vazio.
Isso é de uma irracionalidade brutal, cabe ao Governo Federal colocar esse hospital para funcionar, é gerenciado pela Empresa Brasileira de Hospitais Universitários, criada para gerenciar os hospitais públicos, mas a empresa não cumpre sua missão.
É o primeiro hospital da empresa e já começa mal, deveria ser um bom exemplo. Para ser um bom exemplo tem que funcionar. Eu acho que seria um desafio importante e que deveria avançar mais", declarou Firmino Filho.