Filha de Lessa ameaça romper com pai se ele for o responsável pela morte de Marielle

Mohana expressou dedicação para provar a inocência do pai, enfatizando que aguarda confirmação sobre a possível delação

Ronnie Lessa, Marielle Franco e Mohana Lessa | Montagem/MeioNorte
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Mohana Lessa, filha de Ronnie Lessa, apontado como o autor do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, declarou que romperá relações com o pai se sua participação no crime for comprovada. Em resposta às especulações sobre uma eventual delação premiada do ex-policial militar, Mohana afirmou não possuir informações concretas e aguardar um posicionamento oficial.

Lessa negociou um acordo de colaboração com a Polícia Federal (PF) no final do ano passado. Entretanto, a delação premiada ainda aguarda homologação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para obter validade. O inquérito, que corre em sigilo, foi elevado à instância superior devido a suspeitas de envolvimento do conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.

Em nota divulgada em resposta aos questionamentos, Mohana expressou dedicação para provar a inocência do pai, enfatizando que aguarda confirmação sobre a possível delação. Caso a delação se concretize e revele a participação de Lessa no crime, Mohana destacou que seguirá um caminho oposto ao do pai.

Tráfico de armas

A filha de Ronnie Lessa, também ré em processos de tráfico de armas, defendeu-se das acusações, alegando ser alvo de perseguição devido à sua escolha de abandonar uma carreira internacional para se dedicar à defesa da inocência do pai.

Ronnie Lessa é casado com Elaine Figueiredo Lessa, também acusada de tráfico de armas e condenada, junto ao marido, por destruir provas relacionadas ao caso Marielle. O advogado Bruno Castro, que representa Ronnie, já anunciou que deixará a defesa do ex-policial quando notificado oficialmente sobre a delação.

Domingos Brazão no alvo

A delação de Lessa sobre o caso Marielle reforça as investigações sobre Domingos Brazão, ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas, que foi apontado como suspeito de ser o autor intelectual do crime. Brazão nega todas as acusações e afirma que suas informações sobre o caso são baseadas em matérias jornalísticas. O conselheiro já havia sido denunciado por obstrução de justiça em 2018, mas a denúncia foi rejeitada.

Com a recente delação de Élcio de Queiroz, parceiro de Lessa no assassinato, Brazão volta a ser mencionado no caso, sendo citado em trocas de mensagens que indicam vazamento de informações sobre a operação que resultou na prisão da dupla em 2019. A participação de Brazão nas investigações é alvo de atenção da Polícia Federal, e sua relação com o caso Marielle continua a ser explorada.

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