O repasse de recursos para a continuidade das obras da Transnordestina recebeu autorização do Governo Federal, totalizando R$ 811,3 milhões provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Esta ferrovia, inserida no Novo PAC e considerada crucial para o desenvolvimento do Nordeste, abrangerá os estados do Piauí, Ceará e Pernambuco. O Banco do Nordeste já efetuou a transferência dos fundos para a Transnordestina Logística (TLSA), encarregada da construção e operação.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destaca o cumprimento do compromisso do presidente Lula em promover o desenvolvimento sustentável e reduzir desigualdades. Ele ressalta a importância da liberação dos R$ 811 milhões como uma etapa significativa no novo financiamento estruturado para concluir a ferrovia até 2026.
Góes enfatiza que a Transnordestina impulsionará um crescimento estimado de R$ 7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB), oferecendo oportunidades para o desenvolvimento regional, especialmente nos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. O ministro destaca a integração do novo PAC com governos, prefeituras, investidores e população para impulsionar o desenvolvimento em uma das regiões prioritárias da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Tribunal de Contas da União (TCU).
A autorização dos recursos faz parte dos esforços do Governo Federal para garantir a conclusão da obra até 2026, evitando o desperdício de recursos públicos e dando efetividade à política pública de transporte ferroviário e desenvolvimento regional. O processo envolveu os Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e dos Transportes, a Casa Civil da Presidência da República, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Banco do Nordeste, oA Transnordestina já possui financiamento aprovado de pouco mais de R$ 1 bilhão, com R$ 234 milhões do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor) a ser liberado em 2024, em colaboração com o BNDES, e R$ 811 milhões do FDNE, já repassados. Os recursos, anteriormente suspensos pelo Tribunal de Contas da União desde 2017, foram autorizados em julho do ano passado.
O projeto da Transnordestina abrange a construção de 1.282 km de trilhos, conectando Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto de Pecém, no Ceará. O propósito é transformar a região em um polo exportador de minério de ferro, conectando o sertão ao mar por meio de trilhos.
O secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR, Eduardo Tavares, destaca o potencial de desenvolvimento regional e integração da ferrovia. Ele ressalta a proximidade com a Transposição do Rio São Francisco e a interseção com a Transamazônica, pontos estratégicos que podem viabilizar o escoamento de grãos e outros produtos além do minério inicialmente projetado. Tavares destaca o potencial da ferrovia para gerar empregos e induzir o desenvolvimento sustentável, alinhando-se aos objetivos do Governo Federal de colocar a maior parte da ferrovia em funcionamento até o final da atual gestão, conforme solicitado pelo presidente Lula.