Após comunicar através das redes sociais sua saída da liderança do Governo na Assembleia no último sábado (7), o deputado estadual Fábio Novo (PT) recuou e admitiu que poderá voltar atrás da decisão, ao menos até a quinta-feira (12), quando o parlamentar dará uma resposta definitiva ao governador Wellington Dias (PT).
Em entrevista na tarde de ontem, Novo revelou que o Chefe do Executivo pediu que ele reconsiderasse a ação, elencando ainda os motivos o que teriam levado a pedir a renúncia.
"Eu posso contribuir muito para o governo; ninguém pede para eu ficar em uma situação em que não sou feliz. Tem que ocorrer uma conversa franca para saber quem é governo e quem não é, disse ao governador que meu coração está pedindo para eu não ficar.
Estou bastante reflexivo", relatou. O parlamentar também apontou que a conversa com Wellington durou duas horas e desde então tem pensando muito sobre a questão, segundo Novo, a sua insatisfação não tem nenhuma ligação com a aproximação do governo com a oposição, ressaltando a necessidade de que se mantenha uma relação harmoniosa com o Poder Legislativo.
Por fim, o deputado estadual deixou explícito o incômodo após a definição da composição das Comissões Técnicas da Assembleia, em que a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) acabou ficando com um dos maiores opositores de Dias, Robert Rios (PDT).
"Houve quebra de acordo na composição das Comissões, disse que a CCJ poderia ficar com um dos três: Flávio Nogueira (PDT), Gessivaldo Isaías (PRB) ou Júlio Arcoverde (PP), mas não com Robert Rios (PDT). A bancada parece ser do governo, mas não é; prefiro uma minoria qualificada do que uma falsa maioria", complementou.