A perícia complementar, solicitada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), revelou que o tiro fatal que matou o ex-vereador de Anastácio, Wander Alves Meleiro, conhecido como Dinho Vital, não foi disparado exatamente pelas costas. O novo laudo, assinado pelo perito médico legista Ivan de Oliveira Chaves, aponta que os projéteis atingiram Dinho pela lateral e frente do corpo. A revisão foi feita após a morte do ex-vereador, ocorrida em 8 de maio, e será anexada ao inquérito policial militar.
um dos tiros entrou pela região posterolateral
Segundo o novo documento, um dos tiros que matou Dinho Vital entrou pela região posterolateral direita, transfixando o tórax e saindo pela anterolateral esquerda, perfurando órgãos vitais como pulmão e coração, causando choque hipovolêmico hemorrágico. O outro disparo entrou pela região anterolateral esquerda, atravessando a região abdominal e saindo pela anteromedial. A perícia determinou que os disparos ocorreram a uma distância igual ou maior que 80 cm, descartando a hipótese de tiro à queima-roupa.
testemunha-chave do assassinato
Uma testemunha-chave, um ciclista que passava pela BR-262, prestou depoimento crucial ao inquérito. Ele relatou ter ouvido gritos de alerta da polícia antes de escutar os tiros e ver Dinho Vital cambaleando. Sua presença no local foi confirmada por imagens de câmera de segurança de um posto de gasolina próximo, pertencente a Cynthia Figueiredo, esposa do ex-prefeito Douglas Figueiredo, que é investigado por envolvimento na morte e foi preso por posse ilegal de arma.
ameaças ao ex-prefeito
Dinho Vital foi morto após uma discussão com Douglas Figueiredo durante uma festa de aniversário de Anastácio. Testemunhas afirmam que Dinho, aparentemente alcoolizado, fez ameaças ao ex-prefeito antes de ser abordado por dois policiais militares, Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e Bruno César Malheiros dos Santos, que depois foram presos. Os policiais alegam que Dinho reagiu à abordagem, justificando os tiros. A defesa dos policiais preferiu não comentar as novas revelações, aguardando o desfecho das investigações que tramitam em segredo de Justiça.
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