Aforça-tarefa da Lava Jato apresentou nesta quarta-feira (25) nova denúncia contra o ex-senador Jorge Afonso Argello, o Gim Argello, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Gim é acusado de obstruir os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada no Senado e da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Senado e na Câmara dos Deputados, em 2014.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as CPIs foram criadas para apurar fatos ilícitos cometidos contra a Petrobras - na ocasião, diz a denúncia, houve acerto de pagamento de propina ao ex-senador para evitar a convocação de empreiteiros para prestarem depoimento.
Durante as investigações, os procuradores afirmam que, entre junho e dezembro de 2014, Gim Argello solicitou e aceitou promessa de vantagem indevida no valor de R$ 5 milhões da empresa Galvão Engenharia recebendo efetivamente parte deste montante (R$ 1,6 milhão) por intermédio de partidos.
Gim Argello já foi denunciado e condenado pelo acerto de pagamento de vantagem indevida envolvendo outras empreiteiras — UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal, Camargo Corrêa e Engevix.
Ele exerceu o cargo de senador entre 2008 e fevereiro de 2015 pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e está preso no Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O advogado Marcelo Bessa disse que ainda não teve acesso à denúncia contra Gim Argello e, por isso, não vai se manifestar por ora.