Cumprindo determinação do ministro Alexandre de Moraes, que determinou que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) fosse ouvido em até 48 horas pela Polícia Federal (PF), o general Gonçalves Dias deve comparecer hoje, 21, à sede da instituição em Brasília para participar de uma oitiva sobre o dia 8 de janeiro.
O general pediu afastamento do cargo no GSI após a divulgação de um vídeo editado do circuito interno de câmeras do palácio do Planalto mostrarem a sua presença no local, a partir das 16:30 da tarde, quando ainda havia a presença de extremistas que depredaram as sedes dos três poderes no local.
A oitiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes é justamente para que o general esclareça as circunstâncias mostradas no vídeo e identifique os agentes do GSI que aparecem nas filmagens interagindo com os extremistas, cumprimentando-os e servindo-lhes água.
O ministro Alexandre de Moraes escreveu em sua determinação que, "A imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”. Solicitando inclusive que os demais agentes da instituição, que apareciam na filmagem com o rosto borrado, fossem devidamente identificados.
O ministro interino do GSI, que foi nomeado após pedido de afastamento de Gonçalves Dias, Ricardo Capelli informou que está trabalhando para levantar todas as informações a respeito da atuação dos agentes do GSI em relação aos atos do dia 8 de janeiro e que esse levantamento será repassado para o STF.
"A gente recebeu solicitação do ministro Alexandre de Moraes e vai cumprir, vai fazer a identificação e cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal", afirmou. Capelli pontuou ainda que todas as informações coletadas serão repassadas ao presidente Lula, após seu retorno de Portugal.