A lista da Polícia Federal com 37 indiciados pela tentativa de golpe de Estado não incluiu o general da reserva Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro do governo Bolsonaro. Segundo a coluna Bela Megale, do site O Globo, Ramos, que comandava a Casa Civil e a Secretaria-Geral da Presidência, era conhecido por sua influência, mas também pela fama de “fofoqueiro”, apelido dado por colegas como Ricardo Salles. Esse comportamento, segundo ex-integrantes do governo, o excluiu de fóruns estratégicos que discutiram a trama golpista.
impedir a posse de Lula
A investigação revelou, no entanto, o envolvimento directo de Mário Fernandes, ex-número dois de Ramos na Secretaria-Geral. Fernandes teria articulado o plano que incluía matar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Em mensagens expostas pela PF, Fernandes pediu a Ramos que “blindasse” Bolsonaro e estimulasse atos antidemocráticos, incluindo a narrativa de fraude eleitoral.
A decisão judicial que determinou a prisão de Fernandes Ramos, mas não trouxe provas que justificassem seu indiciamento. Apesar disso, áudios obtidos pela PF mostram que Ramos teria recebido pedidos originais para atuar em defesa de Bolsonaro e dos acampamentos nos quartéis. O pesquisador aponta que sua exclusão da lista de indiciados reflete ausência de provas contundentes sobre participação ativa no plano.
A repercussão do caso destaca os desdobramentos sobre militares próximos a Bolsonaro e suas responsabilidades na tentativa de golpe. O perfil de Ramos, uma figura que transitava entre poder e controvérsias, permanece no radar das investigações, mas sem implicações formais até o momento. A PF segue analisando mensagens e documentos que possam esclarecer sua real participação em episódios antidemocráticos.
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