Evo Morales assina lei para Brasil construir estrada na Bolívia

Morales agradeceu o apoio recebido nas eleições gerais de dezembro passado

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, promulgou hoje a lei que aprova o acordo assinado com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prevê que o Brasil vai financiar com US$ 332 milhões uma estrada entre as regiões bolivianas de Cochabamba (centro) e Beni (nordeste).

O líder fez a promulgação em Cochabamba, aproveitando a visita a La Paz do assessor de Assuntos Internacionais de Lula, Marco Aurélio Garcia, que se reuniu com autoridades bolivianas para discutir temas energéticos, comerciais, sociais, de mineração e segurança.

Morales destacou que a aprovação da norma demorou na Câmara de Senadores, anteriormente dominada pela oposição.

"Teve que ser constituído outro Congresso Nacional para que se pudesse aprovar este contrato e garantir os US$ 322 milhões", disse o líder, que felicitou os atuais parlamentares por sua rapidez na aprovação.

Morales agradeceu o apoio recebido nas eleições gerais de dezembro passado, nas quais não só foi reeleito com 64,2% dos votos, mas, além disso, seu partido, o Movimento Ao Socialismo (MAS), obteve a maioria qualificada de dois terços nas duas câmaras da Assembleia Legislativa Plurinacional.

O convênio entre Bolívia e Brasil foi assinado em agosto de 2009, durante uma visita de Lula à localidade de Villa Tunari, em Cochabamba.

O projeto viário que o Brasil vai financiar compreende a construção de uma estrada que conectará esta localidade com Santo Inácio de Moxos, em Beni.

A infraestrutura fará parte, no futuro, do "corredor bioceânico", que, segundo o projeto, vai conectar o porto de Santos com o de Iquique (no Chile), no Oceano Pacífico.

A construção da estrada está a cargo da construtora brasileira OAS Ltda., que terá três anos e meio para concluir o projeto.

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