A presidente Dilma Rousseff repudiou os atos de vandalismo praticados nas manifestações em todo o país e afirmou que o governo trabalha em um projeto de lei para coibir a violência nos protestos.
"Defendo toda e qualquer manifestação democrática. Democratas são aqueles que exercem pacificamente seu direito à liberdade de questionar e propor mudanças, lutam por mais qualidade de vida e defendem com paixão suas ideias. Mas eu repudio completamente a violência em manifestações", disse a presidente em entrevista a rádios de Alagoas.
Ela lembrou que a violência nas manifestações já levou "a uma coisa terrível, que foi a morte de um pai de família", em alusão ao cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, morto com a explosão de um rojão.
A presidente questionou os manifestantes que escondem o rosto, ressaltando que a Constituição garante a liberdade de expressão, "mas veda o anonimato". Dilma afirmou que é "inadmissível em um país democrático atos de vandalismo", sobretudo de pessoas que se escondem atrás de máscaras, para ferir o patrimônio público. "São criminosos e devem ser tratados como tal."
Dilma afirmou que o governo reservou R$ 1,9 bilhão para investir em segurança pública e ressaltou que o investimento não vai beneficiar apenas as cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo.
A presidente também citou investimentos do PAC 2, que anunciou ontem em Maceió. O governo reservou R$ 680 milhões para a capital alagoana, que receberá recursos para construção de dois Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e corredores de ônibus.
Por fim, Dilma garantiu que até maio todos os municípios brasileiros com até 50 mil habitantes vão receber o kit de máquinas e equipamentos que o governo federal está distribuindo aos prefeitos para pequenas obras locais.